sábado, 25 de dezembro de 2010


(...) Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas, que desistirás de contar. Então fingirás -aplicadamente, fingirás que no próximo ano, tudo será difrente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstuirá sozinho...

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